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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Rock Nacional

Olá a todos,

Primeiramente não quero entrar no debate de música não-evangélica e música evangélica. Eu já tenho minha opinião formada sobre isso. Vou falar de MÚSICA como um todo.

Gostaria de deixar algo pra vocês pensarem. Acho que muita gente gosta de música, mais particularmente de rock. Uma coisa que está me deixando incomodado é a qualidade das bandas que estão fazendo sucesso no nosso país. Não quero falar nada sobre grupos estrangeiros (Justin Bieber está fora do parâmetro rock, OK?). Quero debater apenas sobre a música no Brasil.

Vamos começar do ínicio, lá nos anos 50, 60.
Segundo dados da Wikipédia (tá, não é confiável, mas é informação), a música que deu início ao considerado "rock" foi gravada em 1955, por "Bill Haley & His Comets".



O primeiro rock em português foi gravado em 1957 por Miguel Gustavo com o nome "Rock and Roll em Copacabana.
A partir daí vieram "Renato e seus Blue Caps", a jovem guarda com seus grandes clássicos na década de 60, Gil e Caetano, Secos e Molhados, Raul Seixas, na década de 70.



Na década de 80, quando houve a explosão do rock brasileiro, com Blitz, Legião Urbana, Paralamas do Sucesso, Barão Vermelho, Titãs, Ultraje a Rigor, Engenheiros do Havai e muitos mais.

Nesse meio tempo, o meio evangélico considerava o rock como música demoníaca. Porém, grupos como Rebanhão estavam surgindo nessa história.



Nos anos 90 vieram Jota Quest, Skank, Chico Science, Raimundos, Pavilhão 9, Mamonas Assassinas, Los Hermanos e por aí vai. No meio evangélico surgiram O Oficina G3, Resgate, Fruto Sagrado, Catedral e Katsbarnea como destaques. Esse foi o início do fim do rock mas o início do Heavy Metal, com destaque para Angra, Sepultura e Dr. Sin.

Passados tantos anos, é visível a decadência do nosso rock. A decadência é tanta que as bandas dos anos 80 continuam firmes, apesar de bem modificadas. São poucas bandas da década de 90 que estão fazendo sucesso. De tantas que apareceram no meio evangélico, só o Oficina G3 continua de pé.

Nos anos 2000 foi que a coisa resolveu cair de uma vez. Vieram Detonautas, Fresno, NXZero, CPM 22, Hateen, Pitty e finalmente chegamos ao fundo do poço com Restart e Cine. No meio evangélico algumas bandas tentaram se levantar mas não prosperaram muito. O Oficina G3 é um remanescente e continua firme até hoje.

Eu fico pensando o motivo dessa queda tão brusca de qualidade. Eu talvez possa ser crucificado por isso, mas não vejo qualidade alguma nas músicas e nas bandas que se destacam hoje no nosso rock. Parece que a juventude está ficando mais idiota. Eu vejo as cerimônias de premiação e só percebo que os vencedores tem técnica medíocre, letras fracas que não dizem nada, atitudes cada vez mais estranhas. Talvez seja o fim do mundo, mas eu vejo tanta coisa boa que não recebe incentivo pra trabalhar. Os melhores músicos estão sempre fora dos holofotes. É uma coisa que eu não consigo entender.

Indo pro mundo evangélico, as bandas de rock praticamente sumiram. Isso deu oportunidades aos ministérios de louvor como Diante do Trono, Toque no Altar/Trazendo a Arca, cantores como Aline Barros, Kleber Lucas, André Valadão. A música evangélica hoje tem muita influência do rock, o que eu acho bom, porém não são grupos que tocam exclusivamente rock. Uma única banda que segura o gospel rock é o Oficina G3. Particularmente é o Oficina G3 que segura todo o rock nacional. De tantas bandas que já escutei, o G3 em termos de qualidade musical é superior a TODAS as bandas novas que surgiram nesses anos.




Enfim, queria saber dos que estão lendo e debatermos um pouco sobre o assunto. Abraços a todos!

Um comentário:

  1. Oi, Cadinho!
    Pra mim é complicador falar sobre rock nacional, pois sempre fui mais voltada para o internacional, mas vamos lá.

    Olha, concordo com você. Realmente o rock nacional tá decaindo (se é que ainda podemos chamar de rock bandas do cenário atual, como Restart e Cine, por exemplo).

    A questão é que a indústria fonográfica brasileira (e a mundial também) privilegia o pop: músicas com letra grudenda, artistas que inventem moda, etc, desprivilegiando muitas vezes o talento musical. A preocupação não é qualidade e sim se é vendável em larga escala ou não.

    Contudo, o avanço da tecnologia tem ajudado bastante a divulgar bandas alternativas, underground... agora é muito mais fácil gravar (através de programas de computador) e divulgar (através do Myspace e Youtube).

    Seria legal se você divulgasse o blog artistas e bandas que estão fora do mainstream... alternativas, afinal o blog se chama Nerd Alternativo hehehe.

    Abraço!

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